Rubrica Fitness & Health O meu Corpo e EU
Nutrição
Quando falamos em imagem corporal estamos a referir-nos à percepção individual que cada pessoa tem do seu corpo, bem como à atitude que ela demonstra face à sua aparência
A imagem que temos do nosso corpo pode não corresponder àquela que os outros têm de nós e, infelizmente, é frequentemente mais negativa devido a uma série de factores:
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Tempo perdido: é gasta uma quantidade considerável de tempo e energia em pensamentos negativos e distorcidos acerca do corpo, perdendo-se tempo precioso que podia ser utilizado para investir nas relações e objectivos pessoais.
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Sonhos perdidos: em vez de se usufruir da vida no presente, fantasia-se sobre um futuro em que o “corpo perfeito será o passaporte para a felicidade”.
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Divertimento perdido: evita-se o envolvimento numa vasta gama de atividades - acontecimentos sociais, instalações desportivas, praia - que poderiam ser importantes fontes de distração, satisfação, prazer e equilíbrio.
O culto da magreza surge, actualmente, com grande impacto, alimentando uma autêntica máquina de marketing, sustentando as mais diversas indústrias e potenciando frequentemente a insatisfação individual.
Os anúncios mostram-nos manequins de moda ultra-magras (um ideal, na maioria das vezes, impossível e até pouco saudável), instigam a que se mude a cor do cabelo, o contorno dos lábios, o peito... Mas os meios de comunicação social só refletem o que se passa na sociedade em geral e vice-versa… Terá mesmo de ser assim? Porque é que não podemos ter uma imagem corporal positiva, aceitando imperfeições e valorizando encantos pessoais? Será que a referência que temos de utilizar é a imagem de perfeição irrealista que aparece na televisão e capas de revista?
O corpo faz muitas coisas boas por nós. Ele permite que vivamos, que nos movimentemos todos os dias, que alcancemos objetivos e que expressemos quem somos através dos mais diversos atos físicos. Simultaneamente, proporciona-nos bem-estar quando relaxamos, dançamos ou nos envolvemos em actividades sensuais.
São muitas as estratégias a desenvolver para, cada vez mais, ter e ser um corpo:
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Procura aquilo de que gosta no seu corpo
Cria o hábito de apreciar aquilo de que sempre gostaste. Existe sempre um lado positivo em tudo na vida e o teu corpo não é exceção.
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Trata bem o teu corpo
Cria o hábito de te tratares bem e de proporcionares ao teu corpo os “mimos” de que ele precisa. Pode ser uma roupa favorita para te sentires melhor, uma massagem, uma caminhada na praia ou um banho de sol. A forma como tratamos o nosso corpo reflete aquilo que pensamos de nós. Trata bem de ti!
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Faz exercício
A atividade física tem um papel fundamental a vários níveis. Também aqui é promovida a relação com o corpo. Ao praticar qualquer atividade estás a aprofundar o teu conhecimento em termos da forma como o teu corpo funciona, explorando sensações como o ergueres-te, dobrares-te, esticares-te e inclinares-te, desenvolvendo força e resistência.
A American Council on Exercise (ACE) considera que para teres impacto positivo no teu quotidiano, meia hora de exercício moderado por dia ou, pelo menos, em três dias da semana, são suficientes para que notes a diferença. Para melhor!
É fundamental considerar que a imagem corporal é apenas uma das dimensões da auto-estima. O nosso “amor próprio” não depende exclusivamente da imagem física que construímos de nós, mas de muitos outros factores, todos eles a serem valorizados e potenciados no sentido do bem-estar. Sentires-te competente, acreditar que és capaz, pode constituir-se como uma importante fonte de amor-próprio, refletindo-se mesmo no resultado das acções.
Pensa em tudo o que o teu corpo faz por ti e mima-o... A qualquer peso!