5 CONQUISTAS DAS QUAIS TODAS AS MULHERES SE DEVEM ORGULHAR
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É quase inacreditável saber que há pouco mais de 50 anos as mulheres casadas não podiam sequer trabalhar fora de casa sem a autorização dos maridos. A luta pelo direito das mulheres inclui a autonomia e igualdade perante a Lei, mas a batalha continua com muitos mais temas, como igualdade salarial e outras questões de machismo estrutural.
Para mostrar que vale a pena continuar esta luta pelo direito das mulheres, reunimos apenas 4 das muitas conquistas que são com certeza um motivo de orgulho para todas as mulheres.
1. Voto feminino
Essa foi uma das primeiras lutas pelos direitos das mulheres – o famoso movimento sufragista, que começou em 1897, contudo foi no Reino Unido que o voto feminino foi permitido a partir de 1918.
2. Autonomia feminina
Foi em 1962 que foi sancionado o Estatuto da Mulher Casada que, entre outras coisas, instituiu que a mulher não necessitaria da autorização do marido para trabalhar, receber heranças e, em caso de separação, ela poderia requerer a guarda dos filhos. Antes disso, as mulheres não tinham autonomia e o cônjuge teria de dar autorização para que ela pudesse exercer tais atividades.
3. Proteção em casos de violência doméstica
A violência doméstica tornou-se um crime público e em 2015, foi sancionada a Lei do Feminicídio, que colocou a morte de mulheres no rol de crimes hediondos e diminuiu a tolerância nesses casos.
4. Conquista aos direitos reprodutivos
Se antes o sexo estava meramente ligado à reprodução, especialmente para as mulheres casadas, a história começou a mudar de rumo com o surgimento da pílula anticoncecional, na década de 1960. Ela permitiu maior liberdade sexual e causou uma redução na taxa de natalidade mundial. O aborto voluntário (ou interrupção voluntária de gravidez) foi legalizado por referendo realizado em 2007 e é permitido até a décima semana de gravidez se assim quiser a mulher independentemente dos motivos.
Estas são algumas conquistas históricas que não podem ser esquecidas, mas muito há ainda a fazer numa sociedade em que o machismo é estrutural e a realidade mostra-nos como a igualdade aos olhos da lei está ainda muito longe da verdadeira igualdade que acontece diariamente na vida de muitas mulheres. Isto é visível, nomeadamente, nos salários mais baixos das mulheres, no tempo muito superior que as mulheres despendem a cuidar da casa e dos filhos para além do trabalho fora de casa, nas dificuldades em aceder ou a manter um emprego, porque a gravidez e os filhos continuam a ser considerados um fardo para a mulher com potencial prejuízo para o seu desempenho profissional.
Enquanto as mulheres forem estereotipadas dentro das suas próprias casas e nas suas famílias, discriminadas no acesso ao emprego, afastadas perante uma oportunidade de ascensão profissional ou ganharem menos do que os homens ao desempenhar funções iguais, assinalar o Dia Internacional da Mulher continua a fazer todo o sentido.